Cadaval

Depois de um periodo de hibernação forçado eis que assumei ao parapeito do miradouro e vejo o fervilhar da nossa terra.

Nota-se que neste ano algo de importante se irá passar, vejo equipas a cerrar fileiras e a contar espingardas, vejo o frenesim de obras que tem que ser concluidas, nada pode falhar.

No meu horizonte algo me intriga, ali para ao lados da cruz do Dr. Rocha um ponto vermelho capta a minha atenção, junto ao belo pórtico da tradição da soalheira terra do Pereiro. O que será aquele marco vermelho? Simboliza o bom nectar do Deus Baco com que se recebem os visitantes no Cantar dos Reis? Será que ali temos um pipalete de vinho tinto?

Fora a brincadeira acho de salutar o que daqui vejo, ruas arranjadas, pintadas de alcatrão, dando descanso aos martirizados rins dos cadavalenses. Vejo por essas localidades valetas mais limpas, vejo que apagaram os grafittis de mau gosto da nova biblioteca e repararam o vidro que algum filho de um Deus menor decidiu vandalizar. Será que é desta que a inauguram?

Meus amigos volto a esta postura de habitante interessado deste nosso Cadaval trazendo até vós o que de interessante por cá se vai passando, por agora me fico, mas garanto-vos que se trata de um até já muito breve.